Em uma revelação chocante, o ressentimento do presidente Joe Biden sobre sua saída sem cerimônia da corrida de 2024 está, segundo relatos, criando caos na campanha de Kamala Harris, potencialmente ameaçando a luta dos democratas pela Casa Branca. De acordo com um novo relatório da Axios, fontes próximas a Biden e Harris revelam uma crescente discórdia entre suas equipes, citando a equipe ferida de Biden, que ainda está se recuperando do que percebem como um “golpe” orquestrado pelo Partido Democrata para empurrar o presidente para fora da chapa em favor de Harris.
Com o endosse de Biden à sua vice-presidente em julho, após intensa pressão de insiders democratas, o público esperava uma transição suave e uma frente unida. Mas, por trás das portas fechadas, as tensões estão aumentando. Aliados de Harris acusam a equipe de Biden de “estar muito ligada às suas emoções”, alegando que alguns funcionários da Casa Branca intencionalmente se contiveram em alinhar as mensagens de Biden para beneficiar a campanha de Harris.
Até Donald Trump aproveitou a suposta discórdia, afirmando em uma entrevista que Biden “não suporta” Harris por seu papel na mudança de campanha. “Ela o derrubou,” comentou Trump, acrescentando, “Foi realmente um golpe. Acho que ele parece melhor agora porque agora estamos comparando-o a ela.”
As tensões surgiram em momentos chave: mais recentemente, Harris condenou o governador da Flórida, Ron DeSantis, por não atender suas ligações durante os esforços de socorro após o furacão, apenas para que Biden mais tarde elogiasse publicamente a cooperação de DeSantis, criando uma narrativa dividida que deixou a equipe de Harris frustrada. Insiders dizem que o grupo de Biden não tem “ninguém na sala” focado em como as decisões da Casa Branca afetam o caminho de Harris para a vitória. Ajudantes de Harris supostamente ficaram cansados com os atrasos da Casa Branca em montar sua campanha e alinhar a presença de Biden de uma maneira que fortaleça seu caso contra Trump.
Não é apenas a estratégia de campanha que está gerando tensão. O grupo de Biden supostamente abriga uma raiva persistente em relação à equipe de Harris, sentindo-se feridos pela campanha de pressão que culminou na retirada de Biden após uma performance desafiadora no debate contra Trump em junho. Biden inicialmente resistiu à pressão, mas finalmente endossou Harris em julho, gerando rumores de uma rixa que as campanhas têm lutado para dissipar.
Os riscos não poderiam ser maiores para Harris enquanto ela enfrenta uma das eleições gerais mais próximas da história recente. As esperanças do Partido Democrata de manter a Casa Branca dependem de um esforço unido para superar a onda do GOP liderada por Trump. Mas com o ressentimento persistente de Biden e alegações de resistência da Casa Branca à colaboração total, a equipe de Harris está lutando não apenas para conquistar eleitores em estados decisivos, mas também para reparar relações fraturadas dentro da própria administração.
À medida que os esforços de campanha aumentam, os líderes do partido estão cada vez mais preocupados com o que consideram uma divisão arriscada. Um assessor de Biden negou as alegações, afirmando: “Todos, desde o presidente até os demais, sabem quão importante é a eleição.” Mas, à medida que a eleição se aproxima, fontes internas afirmam que a aliança instável pode testar as chances dos democratas de manter a Casa Branca.