A Carolina do Norte está lidando com as consequências do furacão Helene, que deixou um estimado de US$ 53 bilhões em danos e quebrou recordes anteriores de destruição de tempestades no estado. Com 96 mortes confirmadas e dezenas de milhares de deslocados, o governador Roy Cooper chamou Helene de “a tempestade mais mortal e destrutiva que já atingiu a Carolina do Norte.”
A chuva e as inundações sem precedentes de Helene desencadearam mais de 1.400 deslizamentos de terra, devastaram mais de 6.000 milhas de estradas e destruíram 1.000 pontes. Funcionários do estado estimam que cerca de 126.000 casas foram danificadas, enquanto 93% das propriedades afetadas pelas inundações não tinham cobertura de seguro.
“Esses danos impressionantes nos lembram que estamos apenas começando a reconstruir,” advertiu Cooper ao apresentar um pedido de recuperação de US$ 3,9 bilhões à Assembleia Geral.
A devastação da tempestade superou em muito os furacões anteriores, incluindo o Florence de 2018, que causou US$ 17 bilhões em danos. O estado agora enfrenta enormes desafios para financiar reparos e prevenir futuras catástrofes.
Os legisladores já aprovaram US$ 273 milhões em financiamento de emergência, mas com 220.000 lares previstos para solicitar ajuda federal, muito mais é necessário. A proposta de Cooper também inclui subsídios para empresas e agricultores, além de reparos na infraestrutura.
Enquanto a legislatura controlada pelos republicanos se prepara para se reunir para nova legislação de recuperação, tensões políticas estão fervilhando sobre o manejo das tempestades passadas. A administração de Cooper está sob escrutínio, com alguns a acusando de má gestão.
Com bilhões em jogo, a pergunta permanece: a Carolina do Norte pode se recuperar antes que a próxima tempestade atinja?