Em uma medida ousada para se adaptar a um mercado em mudança, a 7-Eleven está prestes a fechar 444 lojas na América do Norte, marcando uma das maiores reestruturações na história da icônica rede de conveniência. Anunciado pela empresa-mãe Seven & I Holdings, os fechamentos têm como objetivo eliminar locais com baixo desempenho do portfólio de 13.000 lojas nos EUA, Canadá e México. Essa medida ocorre à medida que os consumidores mudam seus hábitos de consumo devido à alta inflação, atingindo especialmente os trabalhadores de renda média e baixa.
A decisão reflete uma necessidade urgente de se adaptar a novas realidades econômicas, com os custos de aluguel, utilidades, alimentos e combustíveis subindo mais de 25% desde 2019. A inflação e as taxas de juros mais altas remodelaram o comportamento do consumidor, com 69% dos compradores agora priorizando qualidade e 60% buscando um melhor valor. Para agravar a situação, a 7-Eleven também viu uma queda acentuada de 7,3% no tráfego de clientes este ano e uma queda de 26% nas vendas de cigarros, ressaltando o impacto das mudanças nas tendências de estilo de vida.
Embora o plano estratégico da 7-Eleven inclua esses fechamentos, a rede continua comprometida com o crescimento. Um porta-voz enfatizou que estão focando em áreas centrais com maior demanda, tranquilizando os clientes de que continuarão a expandir onde a conveniência é mais valorizada. Espera-se que os fechamentos gerem US$ 30 milhões em receita operacional este ano, com um aumento anualizado de US$ 110 milhões, ajudando a empresa a se estabilizar durante esta fase de transição.
A reestruturação está alinhada com os planos mais amplos da Seven & I para se dividir em dois negócios, visando apaziguar investidores frustrados e evitar tentativas de aquisição, de acordo com a Bloomberg. Apesar do revés desses fechamentos, a empresa está apostando em suas localizações mais fortes para impulsionar o crescimento futuro em um mercado desafiador.