A Era Motorsport teve a responsabilidade de gerenciar uma coleção de sete carros Shadow Can-Am na 81ª Reunião de Membros de Goodwood nos dias 13 e 14 de abril. Antes das demonstrações no circuito histórico, a Era Motorsport foi responsável pelo armazenamento, transporte, testes e suporte em pista para a frota Shadow.
P: Kyle, você pode compartilhar sua experiência gerenciando esses carros em Goodwood?
KT: Aqui na Era, estamos cuidando dos sete Shadows para James Bartell neste fim de semana. Recebemos eles na oficina, inspecionamos minuciosamente e fizemos os reparos necessários nos carros, e depois os transportamos para Goodwood. Ao longo do fim de semana, estaremos rodando e supervisionando seu desempenho. É uma enorme honra para nós sermos confiados com a responsabilidade de cuidar desses carros, especialmente com pilotos renomados como Jackie Oliver, Tom Kristensen, Marino Franchitti e eu mesmo ao volante. O que mais me empolga é a reação do público quando ligamos os motores. O som desses carros é como nada que eles já ouviram antes. O rugido poderoso dos grandes motores certamente deixará uma impressão duradoura.
P: Quais Shadows você já dirigiu pessoalmente até agora?
KT: Tive a oportunidade de dirigir o Mark 2, especificamente o carro de George Follmer de Mosport. Dirigi-o em Road America há cerca de um ano. Também dirigi todos os Shadows de Jim Bartell até agora. O nível de atenção que tanto os protótipos Mark 1 quanto o carro de Mosport recebem é realmente notável.
P: Notamos que você já dirigiu um veículo moderno Oreca 07 LMP2, que a Era atualmente opera na IMSA, como esses Shadows se comparam?
KT: É completamente diferente! Não há absolutamente nenhuma semelhança entre o carro LMP2 atual e o que temos aqui. Claro, o carro P2 é um excelente veículo para dirigir e provavelmente é pelo que a Era é mais conhecida. No entanto, quando eu estabeleci a Era Motorsport, ela estava principalmente focada em mercados históricos e gradualmente se expandiu para coisas modernas. Eu gosto de carros modernos, mas são os históricos que realmente capturam meu coração. Então, estou emocionado por estar aqui sempre que temos a oportunidade de estar em Goodwood. Este é meu terceiro ou quarto Members’ Meeting e eu adoro. Estou simplesmente encantado por estar aqui e olhar para a multidão. É raro ter todos os sete carros Shadow reunidos como estão aqui.
P: Como tem sido para Jim Bartell exibir sua coleção de sete Shadows?
KT: Estou incrivelmente feliz por Jim [Bartell] ter a oportunidade aqui em Goodwood de mostrar sua coleção. Jim é uma pessoa fantástica, ele tem uma paixão tão forte pela marca Shadow e pelos carros que possui. É absolutamente incrível vê-lo podendo exibi-los aqui em Goodwood. Ele ficou um pouco sobrecarregado quando viu a resposta do público a eles, então vai ser muito divertido.
P: Existem desafios específicos para gerenciar carros históricos em comparação com outros veículos?
KT: Sim, o principal desafio é que eles são muito menos confiáveis. Se algo quebrar, não podemos simplesmente ir ao caminhão de peças e comprar um novo. Temos que fazer os reparos necessários nós mesmos. Pessoalmente, eu gosto bastante desse aspecto, mas todos nós estamos cientes de que, se algo der errado com qualquer um deles, cabe a nós consertá-lo.
P: E qual carro você estará dirigindo nesta demonstração?
KT: Estarei dirigindo o Shadow Mark 1 laranja de 1970 de George Follmer, que competiu em Mosport durante seu tempo. Ele participou de apenas uma corrida, e acredito que eu detenho o título um tanto duvidoso de ser a única pessoa a terminar uma corrida com este carro.
P: Quando você olha para um carro de corrida tão agressivo, como consegue operá-lo?
KT: Com grande dificuldade! É um daqueles carros onde tudo faz muito mais sentido quando você está em movimento, em vez de apenas parado aqui.
P: Por que é importante ter esses eventos para manter o legado dos carros históricos?
KT: Sem os carros históricos, o automobilismo como conhecemos hoje não existiria. Eles são uma parte vital da história, representando algumas das marcas e pilotos mais icônicos. É incrivelmente importante manter o legado vivo e garantir que esses carros antigos continuem a correr na pista. Vê-los sendo usados é muito mais gratificante do que vê-los confinados a um museu.
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