As difíceis sessões de qualificação de Lewis Hamilton nesta temporada atingiram outro ponto baixo na Cidade do México, já que o sete vezes campeão mundial admitiu estar lidando com problemas recorrentes em seu Mercedes W15 que se tornaram quase rotineiros. Após classificar-se em P6 para o Grande Prêmio do México, Hamilton refletiu sobre um ano marcado pela inconsistência e frustração, especialmente à medida que seu novo pacote continua a ter um desempenho aquém do esperado. Uma súbita perda de aderência traseira na qualificação o viu mais uma vez atrás de seu companheiro de equipe, George Russell, apesar do acidente de Russell na FP1.
Refletindo sobre o revés, Hamilton reconheceu a regularidade de suas dificuldades na qualificação nesta temporada. “Estou perdendo o tempo todo,” disse ele aos repórteres. “É por isso que fui tão mal na qualificação o ano todo. É uma coisa normal. Estou acostumado a isso.” Hamilton, 39, compartilhou que esses problemas persistiram ao longo da temporada, tornando difícil identificar exatamente o que está errado, uma situação que agora se tornou quase esperada.
Não foi tudo sombrio antes da qualificação, no entanto. O ritmo de Hamilton nos treinos mostrou promessa, particularmente na FP3, onde ele encontrou conforto com a configuração do carro. Confiante, a equipe fez apenas um pequeno ajuste na asa traseira antes da qualificação. Infelizmente, essa alteração mudou drasticamente o equilíbrio do carro, causando problemas de manuseio inesperados e piorando sua aderência em curvas críticas. “Estava me sentindo bem na P3,” explicou Hamilton, “então pensamos, vamos não tocar em nada. A única coisa que mudamos foi a asa traseira. E, apenas uma diferença drástica [ainda].”
Os problemas de Hamilton com o carro surgiram ao longo da temporada, com inconsistências na condução e falhas mecânicas ocasionais, um contraste marcante em relação às suas temporadas anteriores com a Mercedes. Além de uma forte performance no Grande Prêmio da Bélgica, Hamilton sentiu que seu ritmo de qualificação tem sido um ponto fraco durante todo o ano. “Toda vez que chego para a qualificação, o carro é completamente diferente,” disse ele com frustração. “Não consigo identificar o motivo, mas é o que é.”
Apesar das decepções, Hamilton permanece otimista para a corrida de 71 voltas. Começando em P6 atrás de seu companheiro de equipe, ele sabe que os desafios não vão diminuir, especialmente com preocupações de superaquecimento e a alta altitude do México impactando o desempenho. No entanto, ele está determinado a aproveitar ao máximo, sabendo que estas são suas últimas corridas com a Mercedes antes de ir para a Ferrari na próxima temporada. “Está tudo em jogo amanhã,” disse ele, expressando esperança de encontrar o equilíbrio certo na configuração de corrida.
À medida que a temporada se aproxima do fim, Hamilton está focado em aproveitar esses últimos momentos com a equipe com a qual está há mais de uma década. Com cinco corridas e dois sprints restantes, o britânico pretende capitalizar cada oportunidade, trazendo sua resiliência característica para o GP do México.