A jornada de Daniel Ricciardo na Fórmula 1 chegou a uma parada repentina e dolorosa. O piloto australiano, uma vez celebrado como um dos talentos mais brilhantes do grid, foi dispensado pela Red Bull em favor de outro piloto para as últimas seis corridas da temporada de 2024. Mas e se as coisas pudessem ter sido diferentes? A realidade é que a trajetória da carreira de Ricciardo poderia ter sido muito mais promissora se ele não tivesse cometido um erro crucial há seis anos.
Ricciardo tem sido um rosto familiar no acampamento da Red Bull por mais de uma década. Depois de estrear com a HRT em 2011 e progredir para a Toro Rosso no ano seguinte, ele teve sua grande chance em 2014, juntando-se à equipe principal da Red Bull ao lado do tetracampeão mundial Sebastian Vettel. Não demorou muito para o Honey Badger deixar sua marca, superando Vettel em sua temporada de estreia.
Quando Vettel saiu para a Ferrari, Ricciardo se tornou o piloto principal da Red Bull. No entanto, tudo mudou quando Max Verstappen foi promovido para a equipe em 2016. Ricciardo, relutante em ser o segundo plano do jovem talento, tomou a ousada decisão de deixar a Red Bull no final de 2018. Seu destino escolhido? Renault, onde ele esperava liderar uma equipe em seus próprios termos.
Mas a mudança provou ser a ruína de Ricciardo. A Renault, apesar de suas grandes promessas, nunca entregou o desempenho que Ricciardo precisava para brilhar. Mesmo antes de sua primeira corrida com a Renault em 2020, ele já havia anunciado sua mudança para a McLaren em 2021—uma decisão que trouxe mais dificuldades. O Honey Badger, uma vez um ultrapassador destemido e um finalista consistente no pódio, se viu uma sombra de seu antigo eu.
Se Ricciardo tivesse permanecido na Red Bull, ele teria continuado a desfrutar dos mesmos recursos de alto nível que Verstappen. Com o apoio do chefe de equipe Christian Horner—que sempre teve Ricciardo em alta consideração—ele poderia ter mantido seu status como um dos melhores pilotos da grade. Mesmo que Verstappen eventualmente tivesse a vantagem, o talento comprovado de Ricciardo provavelmente o teria visto garantir um assento cobiçado em uma equipe poderosa como Mercedes ou Ferrari.
Em vez disso, a decisão de Ricciardo de deixar a Red Bull marcou o início de uma espiral descendente. Seu tempo na Renault não conseguiu reacender sua carreira, e sua passagem pela McLaren foi repleta de inconsistências. Mesmo sua impressionante vitória no Grande Prêmio da Itália de 2021 não pôde reverter sua sorte, e seu subsequente retorno à Red Bull em uma capacidade de reserva foi de curta duração.
A carreira de Ricciardo foi repleta de destaques que a maioria dos pilotos poderia apenas sonhar—sete vitórias em Grandes Prêmios e inúmeras corridas emocionantes. Mas ao deixar o esporte, o australiano deve lidar com a questão: Deixou a Red Bull em 2018, isso selou seu destino? Enquanto Ricciardo se afasta da F1, ele fica se perguntando como sua história poderia ter sido diferente se tivesse escolhido ficar e lutar ao lado de Verstappen, em vez de buscar pastagens mais verdes que nunca se materializaram.