Marc Márquez será o companheiro de equipe de Francesco Bagnaia na Ducati para a temporada de MotoGP de 2025. Sua escolha dividiu opiniões, já que o fabricante de Borgo Panigale teve que dispensar Jorge Martín – o atual líder do campeonato e vice-campeão do ano passado, apesar de competir com a equipe satélite Prima Pramac Racing.
Em uma entrevista ao AS, Pedro Acosta comentou sobre essas decisões de mercado: ‘Houve mais movimentações no mercado do que eu esperava porque eu também não esperava que o Maverick viesse para a KTM. A novela acabou, e foi meio como eu esperava. Em todas as novelas, o vilão sempre tem a vantagem [risos]’.
Quando perguntado se estava insinuando que Márquez é o «vilão» neste caso, o novato esclareceu que, em sua opinião, nenhum dos dois pilotos merecia ser deixado de fora da equipe de fábrica da Ducati:
– Bem, em filmes tem que haver um mocinho e um bandido. No final, foi estranho e difícil, mas é a vida. Eu não acho que houvesse razão para dizer «não» ao Martín, mas também não ao Marc. O Martín lutou pelo último Campeonato Mundial e agora é o líder, mesmo tendo tido um GP com zero pontos. No momento, ele é o piloto mais competitivo de todos, e não há razão para dizer «não» a nenhum deles. Temos que entender que isso é um negócio com milhares de interesses de ambos os lados, tanto do lado do piloto quanto do lado da equipe, e cada um fez o melhor para seus interesses.
Embora Martín tenha perdido o sonho de competir pela equipe de fábrica da Ducati, Acosta acredita que seu rival acabou empolgado com a Aprilia: ‘Eu vejo Martín feliz e animado com a Aprilia. Acho que ele é um piloto que pode estar lá em cima com essa moto, vendo como ele pilotou na Moto3 com a Honda. Ele certamente está ansioso para mostrar suas capacidades, e é uma oportunidade de vencer com outra moto’.