Johann Zarco enfrentou um início difícil na 13ª rodada da temporada da MotoGP no Circuito Mundial de Misano. Vindo da pista escorregadia de Aragão, Zarco e os outros pilotos tiveram que se adaptar rapidamente à superfície de alta aderência em Misano. Infelizmente, Zarco se encontrou na 14ª posição após o FP1, 0,779 segundos atrás do líder, e caiu para 15ª na prática, com uma desvantagem de 1,050 segundos. Diferente da Espanha, o piloto francês quase perdeu a esperança de alcançar o Q2, embora estivesse satisfeito por ser o melhor piloto da Honda.
Zarco compartilhou seus pensamentos, reconhecendo as dificuldades de competir contra o pelotão e os desafios específicos que a Honda enfrenta. Aqui estão seus principais pontos do dia:
Lutas Iniciais e Ajustes
“As primeiras voltas no FP1 foram muito complicadas,” admitiu Zarco. No entanto, sua equipe fez ajustes rápidos na moto para torná-la mais eficiente e utilizável. Apesar dessas melhorias, a diferença em relação aos pilotos da frente permaneceu apertada. Zarco reconheceu que a Honda teve dificuldades para fazer curvas corretamente e careceu da aceleração necessária para acompanhar os concorrentes.
“Todos são muito fortes, e eu esperava que o Q2 fosse quase impossível porque a diferença entre os 10 primeiros é tão pequena,” disse ele. Ele também refletiu sobre suas performances passadas em Misano com a Ducati, admitindo que teve dificuldade em explorar a aderência que a pista oferece. Agora, pilotando a Honda, ele sente que ainda está tentando alcançar os limites da moto.
Adaptando-se às Condições de Alta Aderência
A alta aderência em Misano apresentou seu próprio conjunto de desafios para Zarco. Ele explicou como a aderência aumentada não ajudou necessariamente o desempenho da Honda.
“Isso torna a moto mais difícil porque temos aderência no ângulo máximo, mas a moto não faz curvas bem,” observou Zarco. Ele apontou que a moto tem dificuldade em acelerar suavemente após se endireitar, frequentemente se movendo ou deslizando de maneiras que outras motos não fazem.
“Nunca temos uma moto estável para acelerar forte. Em uma pista como esta, sentimos que os outros conseguem usar a aderência para fazer curvas rapidamente e manter a velocidade nas saídas,” acrescentou Zarco, destacando a desvantagem que sentiu em comparação com seus rivais.
Qualificação: Uma Questão de Energia
Quando perguntado se Q2 era possível, Zarco não escondeu seu ceticismo.
“Sinto que é uma missão impossível,” admitiu. Zarco expressou que, embora queira competir por uma vaga no Q2, a energia necessária pode não valer o esforço, especialmente com a corrida sprint e a corrida principal ainda por vir.
“Hoje eu dei muito, e fiz uma grande diferença em comparação com as outras Hondas, mas isso ainda nos deixa fora do jogo,” disse ele, contemplando se conservar energia para as corridas poderia ser a escolha mais inteligente.
O Custo Físico da Qualificação
Zarco também mencionou o desgaste físico da qualificação.
“O coração bate a mais de 185, e você não pode fazer isso seis vezes ao dia,” ele explicou, enfatizando a natureza exigente das sessões de qualificação da MotoGP e como isso afeta seus níveis de energia para o restante do fim de semana de corrida.
À medida que Zarco se aproxima do sábado, ele se concentrará em gerenciar sua energia e encontrar maneiras de melhorar o desempenho da moto. Apesar do início difícil, o piloto francês permanece determinado a aproveitar ao máximo o fim de semana em Misano.