A corrida de hoje em Misano foi marcada por condições desafiadoras, com a chuva começando logo após o início – e aumentando em intensidade. Miguel Oliveira foi um dos pilotos que optou por não trocar de moto, explicando sua decisão e como ele não queria fazer uma mudança… e depois se arrepender, algo que sem dúvida aconteceu com Jorge Martín.
Um dos maiores momentos da corrida de hoje foi a decisão de Martín de ir para o box e trocar de motos. Oliveira, considerado um dos maiores especialistas em condições de pista molhada do grid atual, foi perguntado se ele havia considerado trocar de moto em algum momento, e ele foi enfático em sua resposta: ‘Eu não pensei nisso de forma alguma. Eu não sabia [se a chuva ia parar], mas queria esperar pelo menos uma ou duas voltas a mais porque o tempo que leva para ir aos boxes, e a entrada dos boxes é super longa, eu pensei… bem, eu tinha que ter certeza de que realmente ia chover e molhar a pista. Estava muito quente e eu queria ter certeza de que se eu trocasse, não me arrependeria.’
Entre os pilotos da Aprilia, Oliveira foi o único que não optou por trocar de moto. Em relação à decisão de Viñales, que afirmou que teve que trocar de moto porque não estava sentindo nenhuma sensação com sua RS-GP, Oliveira retrucou: ‘Por quê? Então você troca para pneus de chuva e as sensações não voltam porque você está com pneus de chuva. Para mim estava tão claro.’
Apesar de não ter os melhores sentimentos, como explicou, ficar com a mesma moto e pneus foi a melhor decisão, naquele momento do processo de tomada de decisão, a longo prazo para a estratégia da corrida: ‘Eu também não tinha sensações. Comecei com o pneu médio na traseira, não consegui atacar, não consegui ultrapassar porque [as condições] estavam muito complicadas, mas pensei comigo mesmo: «A corrida é longa e eventualmente os pneus vão funcionar», mas então começou a chover e complicou muito mais, estava complicado, era muito fácil cair e consegui me manter.’
Cair foi, de fato, muito difícil dada a velocidade que ele estava carregando na moto, considera Oliveira, que brincou sobre a situação: ‘Bem, eu também estava indo devagar demais para cair, e para mim, cair era altamente improvável. Eu estava em uma ilha com oito ou dez segundos para o piloto à frente, e com mais cinco segundos à frente daqueles atrás de mim, e eu estava ganhando tempo sobre aqueles atrás de mim, que era [Johann] Zarco, e pensei: «Bem, vou ficar aqui e tentar terminar».’