Ao escolher Marc Márquez para sua equipe oficial, a Ducati perdeu a chance de manter Jorge Martín em suas fileiras na MotoGP. O atual líder do campeonato reiterou que queria estar em uma equipe oficial em 2025, seja com o fabricante Borgo Panigale ou não, e confirmou sua determinação ao se mudar para a Aprilia.
Por outro lado, Márquez não estava aberto a se juntar à Pramac, apesar de ter condições idênticas às da equipe oficial. Ricard Jové acredita que a recusa pública do campeão mundial por oito vezes foi o que, no final das contas, desencadeou as decisões da Ducati após o GP da Itália, como ele disse a Dura La Vita:
– De certa forma, a Pramac estava interessada em promover seu piloto também, e eu acho que a Pramac estava interessada em ter Marc Márquez. Quando Marc quebrou tudo publicamente e disse que a Pramac não era uma opção – foi aí que tudo se desencadeou. Foi quando todo o plano inicial de manter pelo menos dois dos três pilotos na lista, os dois teoricamente mais valorizados, acabou. E eles acabaram perdendo dois e mantendo um.
Alguns argumentam que a Ducati fez a escolha certa ao optar por Márquez, mas também há figuras que criticam o que consideram uma falta de respeito em relação a Martín – que perdeu a promoção em 2023, 2024 e agora 2025.
Sem se aprofundar demais, Jové reconhece que há tanto aspectos bons quanto ruins na decisão: ‘Eu não quero entrar nesse assunto. Eu entendo completamente a decisão da Ducati porque Marc Márquez não é apenas rápido, mas também um ótimo produto. Mas também vou dizer que parece que eles lidaram muito mal com Jorge Martín e como manejaram a situação, provocando Jorge… […] Quando ele entendeu que a vaga não seria para ele, ele não quis esperar: ‘Estou saindo porque tenho um lugar.’ Nesse caso, eu tenho que dizer que realmente pensei que seria a KTM. Acabou sendo a Aprilia; suponho que seu grande amigo, Aleix Espargaró, teve muito a dizer para convencê-lo’.