A Alemanha indicou que não prenderá o Primeiro-Ministro israelense Benjamin Netanyahu se ele visitar o país, apesar de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) por supostos crimes de guerra em Gaza. A decisão reflete a relação histórica única da Alemanha com Israel e sua sensibilidade em relação ao Holocausto.
Steffen Hebestreit, porta-voz do Chanceler Olaf Scholz, afirmou: “É difícil imaginar que prisões possam ser realizadas na Alemanha com base nisso.” Netanyahu denunciou as acusações do TPI como “antissemíticas”, e seu governo rejeitou veementemente as acusações.
Reações Internacionais Mistas
Enquanto a Alemanha se distancia da execução do mandado do TPI, outras nações, incluindo o Reino Unido, adotaram uma postura mais firme. O governo britânico enfatizou que a Grã-Bretanha “sempre cumprirá suas obrigações legais conforme estabelecido pela legislação nacional e internacional”, deixando em aberto a possibilidade de prender Netanyahu se ele viajar para o Reino Unido. No entanto, o governo do Primeiro-Ministro Rishi Sunak se recusou a entrar em “hipotéticos” sobre o assunto.
O Presidente Joe Biden criticou severamente a ação do TPI, chamando-a de “indignante”. Ele reiterou o apoio dos EUA a Israel, enfatizando: “Não há equivalência—nenhuma—entre Israel e Hamas.” Os EUA, que não são signatários do TPI, permanecem firmes em apoiar a segurança de Israel.
As Acusações do TPI
O ICC emitiu mandados de prisão para Netanyahu, o ex-Ministro da Defesa de Israel Yoav Gallant e o comandante do Hamas Mohammed Deif, citando supostos crimes de guerra durante o conflito Israel-Gaza. O governo de Netanyahu condenou a decisão, acusando o ICC de equiparar as ações de Israel às do Hamas. Gallant classificou as acusações como “absurdas”, afirmando que elas “legitimam o assassinato de bebês e o sequestro de idosos.”
Uma Divisão Controversa
A decisão do ICC aprofundou divisões internacionais sobre a responsabilidade no atual conflito Israel-Gaza. As possíveis viagens de Netanyahu poderiam testar os relacionamentos diplomáticos enquanto as nações lidam com suas obrigações sob a lei internacional e as sensibilidades políticas em torno de Israel.