Nos últimos anos, Fabio Quartararo destacou a falta de potência do motor como um dos principais problemas da Yamaha. Agora, com o motor mais forte, Cal Crutchlow acredita que outros problemas surgiram como resultado.
Falando no podcast OMG! MotoGP, o piloto de testes enfatizou que a eletrônica está se tornando um problema considerável: ‘Sim, eles precisam de potência – isso é certo. Mas eles só precisam dela na quarta, quinta e sexta marcha no final da reta. Eu acho que levou muito tempo para eu explicar à Yamaha que ao conseguir potência estamos criando tantos problemas na saída da curva que no final da reta somos mais lentos do que éramos de qualquer maneira. Porque a moto está patinando. A eletrônica é o maior problema no momento – eles não conseguem lidar com a potência que temos, da maneira que nossa eletrônica está funcionando. Então, de qualquer forma, somos lentos no final da reta’.
Além disso, Crutchlow observou que a Yamaha perdeu o bom desempenho nas curvas que costumava ter: ‘Outra coisa que eu também disse é que há 15 curvas em cada circuito. Precisamos voltar a conseguir fazer as curvas muito, muito bem como costumávamos. Porque se você perder 0,1s por curva, isso dá 1,5s. O que você vai perder na reta é 0,2s/0,3s. Sim, você precisa da potência para poder brigar – isso é certo’.
Recentemente, a Yamaha YZR-M1 recebeu várias soluções, e embora nem todas tenham tido o efeito esperado, o piloto britânico está encorajado com o que vê:
– Há muita diferença na filosofia das coisas, mas é juntar tudo. Estamos colocando asas na bicicleta, estamos fazendo tantas coisas diferentes que algumas estão funcionando, outras não. Temos que tentar, mas eu acho que, indo em frente, acredito que eles estão indo na direção completamente certa. Apenas vai levar mais tempo.