Em uma controvérsia que reverberou pelo mundo do automobilismo, o campeão da Fórmula E, Lucas Di Grassi, saiu em forte defesa de Max Verstappen, criticando severamente a decisão da FIA de punir o piloto da Red Bull por seu palavreado durante um evento de Fórmula 1. O incidente, que resultou em uma penalização para Verstappen com serviços comunitários, gerou um amplo debate na comunidade de corridas, com muitos argumentando que a punição foi excessiva.
Verstappen, conhecido por suas performances intensas na pista e personalidade franca, se viu em apuros com o órgão regulador do esporte após usar palavrões durante um fim de semana de corrida. Em resposta, a FIA o penalizou com uma ordem de serviços comunitários, uma decisão que Di Grassi rotulou como “excessivamente severa.”
O primeiro campeão da Fórmula E, Di Grassi, enfatizou que as emoções podem ficar à flor da pele durante uma corrida, levando os pilotos a xingar por frustração—algo que, em sua visão, não justifica uma punição tão severa. Ele pediu uma reconsideração da abordagem da FIA, sugerindo que a intensidade das corridas naturalmente leva a reações fortes.
“Eu acho que talvez seja um pouco severo dar serviços comunitários se você xingar,” comentou Di Grassi. “É algo com o qual eu não concordo, e não acho que seja uma boa coisa tentar ser tão rigoroso.”
Fazendo comparações com outros esportes, Di Grassi apontou que jogadores de futebol frequentemente se envolvem em altercações verbais durante os jogos, mas seus desabafos passam despercebidos, já que não estão micados como os pilotos de F1. Ele também mencionou o uso generalizado de linguagem explícita na música pop, que, apesar de sua prevalência, não enfrenta a mesma escrutínio ou consequências.
“Se você está em um jogo de futebol [por exemplo], as letras de algumas das músicas que ouvimos atualmente, como a música pop, também têm muito palavrão,” acrescentou Di Grassi, ilustrando a inconsistência na forma como a linguagem é controlada em diferentes plataformas públicas.
Defendendo o comportamento de Verstappen, Di Grassi reconheceu que, como pai de duas crianças pequenas, ele tenta evitar palavrões, especialmente durante as corridas. Ele enfatizou que, embora as emoções possam às vezes dominar os pilotos, ele faz um esforço consciente para manter a calma no rádio.
“Eu tenho duas crianças pequenas, e tento cortar meus palavrões o máximo que posso. Na verdade, eu mesmo sou muito quieto no rádio, muito quieto,” disse Di Grassi, destacando sua abordagem pessoal para lidar com a frustração durante a corrida.
A punição de Verstappen desencadeou uma discussão mais ampla dentro da Fórmula 1 sobre as pressões que os pilotos enfrentam e até que ponto sua linguagem deve ser controlada. O atual campeão mundial expressou frustração com a penalidade, e muitos colegas pilotos manifestaram seu apoio, argumentando que a decisão da FIA foi excessivamente punitiva e inconsistente com as realidades das corridas de alta pressão.
À medida que o debate continua, a forma como a FIA lida com a conduta dos pilotos provavelmente continuará sendo um assunto polêmico, especialmente à medida que mais pilotos e figuras como Di Grassi desafiam publicamente a posição da organização sobre o que constitui um comportamento aceitável dentro e fora da pista.
Foto do Instagram de Lucas Di Grassi